segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

PALMA MATER: Palmeira Imperial
Majestosa espécie, a mais famosa dentre espécies nativas e exóticas, pode atingir até 30 metros de altura, é frequentemente encontrada em grupos, dispostas em fileiras ou coluna.
Por serer natural de regiões cujo o clima é predominantemente tropical, como o norte da Venezuela e Antilhas, teve fácil adaptação em todo o país.
A Palmeira Imperial foi trazida pela família real, com a vinda de D. João VI para o Brasil, o que explica a origem do nome popular da Roystonea oleracea.
As Palmeiras Imperiais do Jardim Botânico (Rio de Janeiro) descendem todas de um único exemplar, introduzido no Brasil em 1810 por D. João VI, em pessoa. Foi plantada no Jardim de Aclimação pelas mãos do monarca, na época em que o Rio de Janeiro recebeu a Família Real e se tornou a sede do Império Português.
O exemplar introduzido por D. João VI no Brasil foi trazido das Ilhas Maurício, no Oceano Índico, contrabandeado pelo oficial português Luiz de Abreu Vieira e Silva. Cerca de vinte anos após seu plantio no Brasil, a "Palma Mater", como ficaria conhecida, deu seus primeiros frutos. A fim de garantir para o Jardim Botânico a exclusividade no Brasil desta espécie tão majestosa; o então diretor da instituição, Bernardo José de Serpa Brandão, ordenou que os frutos e sementes da Palmeira Real fossem todos queimados na sua presença. A ingenuidade do diretor não o deixou vislumbrar o mercado que nascera a partir de tal medida autoritária. Na calada da noite, ágeis escravos escalariam as dezenas de metros da ‘Palma Mater’ para recolher suas sementes e vendê-las a Cem réis cada.
Logo, este expediente garantiu a disseminação da Palmeira Imperial pelo Brasil, possibilitando, nos tempos de hoje, o desenvolvimento de grandiosos e imponentes projetos de arborização urbana e de paisagismo em nosso país.

Thiago X. Pires
Farmacêutico e amante da Natureza

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